quarta-feira, novembro 22, 2006

A Arte de Louvar

Escrevo baseada na vida de um ícone de uma geração jovem revoltada com os mandamentos de uma sociedade suja e hipócrita: Kurt Cobain. No final dos anos 80, surgiu uma tribo que usavas calças rasgadas e camisas flaneladas, pura rebeldia e peitava a sociedade sem medo de sua reação. Um grunge era tão comum ser visto quanto um emo é figura fácil hoje. Todos os grunges eram comandados por um herói: Kurt Cobain.
Sua letras, sua fúria, suas palavras tornaram-se como um caminho, como uma forma de se viver, como um ditado. Os jovens daquela época se encantavam com aquele cara descabelado loiro que todos os dias passava destruindo sua guitarra numa emissora chamada MTV. Não demorou muito tempo para aparecer fãs e o chamado fanatismo.
Qualquer pessoa que apareça na TV expondo sua cara à tapa ou até mesmo dizendo coisas sem nexos (como "mexa sua bundinha, põe o dedo na boquinha e rebolando até o chão) é invejado e respeitado por todos. Qualquer opinião que disser será "a" verdade. Qualquer gesto que fizer será copiado. Qualquer atitude que tomar será "a" atitude. No final das contas nem Kurt "se" agüentou.
O ser humano tem uma necessidade de liderança. Tem necessidade de ser mandada por alguém. A própria mídia exige isso, basta ligar a TV e analisar cada propaganda passada a cada 30 segundos. Compre, faça, beba, vista, queira, ouça, ou seja, consuma, consuma...
A pressão foi tanta que no dia 8 de abril, Kurt foi encontrado morto em sua casa, cansado de tanta opressão e da ganância de sua fama. Assim que a notícia foi dada oficialmente, ocorreram mais de 6 suicídios. Todos discípulos de Cobain.


presentinho (pra quem gosta): veja um vídeo homenageando o grande astro Johnny Cash. Nele, ao som da música "God's Gonna Cut You Down", alguns cantores e atores aparecem deixando alguma mensagem. Alguns ali são forçados pra caramba, hein...
e todos batam palmas \o/